A pastora Adnailda, asmática, morreu sem oxigênio. Não em casa, mas em um centro de saúde. Enquanto isso, Salvador bate recordes de arrecadação com multas. A gestão de Bruno Reis herdou de ACM Neto um sistema que vê o cidadão como alvo, não como prioridade.
O colapso da saúde pública não é surpresa — é projeto. É resultado de anos de descaso, de milhões investidos em fiscalização e quase nada em dignidade. Dina morreu porque o modelo que governa Salvador não tem espaço para o ser humano, apenas para boletos e notificações.
A cidade respira vigilância, mas não respira saúde. Dina morreu sufocada. E Salvador segue no mesmo caminho.
